Mobilização de professores reivindica pagamento do reajuste integral do piso e revogação do novo Ensino Médio

Nesta quarta-feira (15), professores da rede estadual de ensino realizam mobilizações em todo o Estado para pedir o pagamento integral do reajuste do piso salarial e a revogação do novo Ensino Médio. Em Santa Maria, a paralisação ocorre durante a manhã e a tarde na Praça Saldanha Marinho.

– Nós vamos fazer uma aula pública com intervenções e falas dos colegas da educação. Temos panfletos também para entregar e dialogar com a comunidade. O projeto para esta quarta-feira é esse – afirma Dgenne Cristina Ribeiro da Silva, diretora geral do 2º Núcleo do Cpers/Sindicato.

De acordo com Dgenne, algumas escolas estaduais de Santa Maria suspenderam as aulas em turnos específicos em função da mobilização dos professores.

O Sinprosm, sindicato dos professores municipais de Santa Maria, está apoiando essa manifestação e tem paralisação marcada para a rede municipal no dia 22 de março.

Reajuste salarial

Em tratativas com o governo do estado desde fevereiro, o Cpers Sindicato, que representa a categoria dos professores da rede estadual, reivindica o reajuste de 14,95% para todos os professores e funcionários de escola, da ativa e aposentados – com ou sem paridade –, concursados e contratados, em sua integralidade e sem confisco da parcela de irredutibilidade.

O índice de 14,95% segue o valor nacional de aumento do piso definido pelo Ministério da Educação (MEC). O governo do Rio Grande do Sul, porém, propôs o pagamento de 9,45% no piso do magistério.

Novo Ensino Médio

O novo Ensino Médio foi criado durante o governo de Michel Temer (MDB) e traz mudanças na grade curricular e na oferta de disciplinas optativas em todas as escolas do país. O novo modelo começou a ser implementado neste ano.

Desde o momento que a medida foi anunciada, os sindicatos educacionais vem se posicionando contrários ao novo Ensino Médio, já que, segundo a categoria, a proposta não teve espaço para debate com a população e, ainda, pode tornar precária a educação dos estudantes.

No início deste mês, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o novo Ensino Médio deve passar por mudanças, mas não será revogado. As últimas portarias publicadas sobre o tema, uma referente ao ajuste de cronograma de implementação nas escolas e outra sobre uma consulta pública desse método, não atenderam às expectativas da categoria, que, nesta quarta-feira, vai às ruas para se manifestar contrária ao novo Ensino Médio.